Me pegou de surpresa
com a pureza de sua alma.
A mim, palhaço zombeteiro
que não dava um vintém
por algo dessa natureza.
O que é natural pra você,
novidade é pra mim, coisa única.
Por isso, sorvo com pressa, com volúpia,
aquilo que tomas aos poucos,
num café de fim de tarde,
cheio de quitutes mais gostosos.
Sou um ator ardiloso,
quando me interessa.
Mas não me apetece nessa peça
representar papel algum.
Até já pensei em fazê-lo,
mas isso seria dar um ar de malícia
a algo puro, que me purifica também.
Meu egoísmo em querer sempre
aproveitar essa diversão
te machuca, te constrange.
Ver isso dói.
Precisando da sua mão
mais do que você da minha,
Não vi que a maldade escondida
usou isso de mote.
E na ânsia de menino,
te prejudiquei.
Desculpa.
2 comentários:
......Quem tem essas brasas dentro, não sofre mais esse tormento.....
...e cresce como ser humano a cada momento de contato com as brasas. Em vez de desculpas, digo agora, obrigado.
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