domingo, 24 de junho de 2012

Histórias para Adultos 2


Inesquecível Vendedor

   Era sábado à tarde e eu estava em casa com meu marido. Enquanto ele assistia futebol pela televisão, eu aproveitava para passar as roupas acumuladas da semana. Estava calor e a todo o momento eu era interrompida pelos pedidos do meu marido para pegar uma cerveja na geladeira.

   Meu marido é contador e eu, dona de casa. Estamos casados há 20 anos, temos um filho adolescente e vivemos uma vida pacata de classe média. Estou por volta dos meus 40 anos e, apesar de toda a rotina da vida, me cuido bastante e mantenho o corpo de quando era solteira, acreditem. Os homens olham para mim, mas mantenho o respeito. Jamais pensei em trair meu marido, até aquela tarde.

    Terminei de passar a roupa, busquei mais uma latinha para o Roberto e sentei ao seu lado no sofá. Nesse momento, ouvimos lá na rua o som de um autofalante anunciando livros e revistas. Olhei pela janela e vi que o som vinha de uma rural parada em frente ao prédio. Me virei e disse para o meu marido:

- Acho que vou descer e ver se encontro algum livro interessante.

- Certo. Aproveita e veja se tem revistas antigas sobre o Flamengo.

   Desci, cumprimentei o porteiro e atravessei a rua até onde estava a rural.

- Boa tarde, você vende todo tipo de livro?

- Sim, pode entrar e dar uma olhada.

   Não pude deixar de reparar no vendedor. Alto, forte, vestindo camiseta e uma calça jeans surrada, de aspecto rude e com uma voz rouca e decidida. Meio sem jeito, entrei na rural. O cheiro de coisa velha impregnava o ambiente e a luminosidade fraca me forçava a olhar os livros de perto, abaixando-me. Não conseguia me concentrar em nenhum título. Nesse momento sinto sua presença atrás de mim. Nem havia reparado que desci com o vestidinho leve que usava em casa.

- Encontrou o que queria? Disse, mantendo uma distância suficientemente próxima para me fazer sentir o calor do seu corpo.

- Não procuro nada especial, gaguejei. Na verdade vim ver se encontro revistas de futebol a pedido do meu marido. Disse aquilo nem sei se para afastá-lo ou por não ter nada para dizer mesmo.

- Ficam mais ao fundo, ali, está vendo? Me apontou uma pilha de revistas e, com a mão em minhas costas, me direcionou ao local.

   Dei dois passos em direção ao fundo da rural e uma sensação estranha de ardência no estômago tomou conta de mim. Aquele ambiente escuro com cheiro de papel mofado, aquele homem com voz de comando praticamente me levando para o fundo da rural e tudo isso em frente ao prédio onde eu morava.

   Sem que tivesse tempo para reagir, fui abraçada por trás, apertada contra o corpo másculo daquele desconhecido. Com uma das mãos, virou meu rosto em direção ao seu, senti o cheiro do seu hálito, e com a outra espalmou minha xoxota por cima do vestido. Me contorci com todas as forças segurando seus braços na tentativa de me desvencilhar.

- Por favor, me solta. Sou casada. Não quero. Supliquei.

   Ainda com o rosto voltado para o dele, senti sua língua invadir minha boca e sua mão levantar meu vestido, entrar por dentro da minha calcinha e roçar meu clitóris, com força. Minha cabeça rodou, a ardência no estômago aumentou. A forma como ele me pegava, a língua na minha boca e o toque delicioso me fizeram gemer. Meus joelhos tremiam. Sussurrei:

- Ai, não faz isso, aqui não, alguém pode ver, para, ai, ai, sou casada...

    Me largou de repente, perdi o equilíbrio e me apoiei numa pilha de livros. Minha cabeça girava e, no reflexo, tentei me levantar para sair dali. Vi quando colocou a cabeça para fora da rural, olhou de um lado para o outro e fechou a porta. O interior da perua caiu em semi-escuridão.

   Veio em minha direção, tentei protestar, fui novamente pega com força e virada de costas. Não segurei um gemido alto quando, com uma das mãos apalpou meu seio e, com a outra, voltou a acariciar minha xoxota. Instintivamente, virei meu rosto e ele colocou a língua na minha boca novamente.

- Não, por favor, aqui é perigoso, alguém vai ver...ai, ai, hum, não...

- Levanta os braços.

   Obedeci.

   Tirou meu vestido por cima me deixando só de calcinha dentro da rural. Me virou de frente e me fez sentar numa pilha de livros. Beijou minha boca, chupou meus seios, me apoiei nos cotovelos. Desceu até minha calcinha, colocou ela de lado e enfiou a língua. A aspereza daquilo em contato com meu clitóris me fez gemer alto, segurar sua cabeça e abrir bem as pernas. Gozei baixinho com medo que alguém ouvisse.

   Rapidamente se levantou, me pegou no colo e me deitou no assoalho sujo da rural. Tirou minha calcinha e abriu a braguilha, saltando para fora um pênis grande, já totalmente duro. Veio por cima de mim, que só fazia gemer, já esperando ser penetrada. Cuspiu na cabeça do pau e direcionou na entradinha.

   Enfiou devagar, mas firme, entrou aos poucos, doía gostosamente.

- Ai, ai, ai, hum, hum, ai, ahmm... Eu gemia alto agora.

   Enfiou tudo, senti as bolas encostarem na minha bunda. Começou a bombar. Senti um prazer intenso, uma ardência e uma dorzinha Inesquecível. Nunca havia sentido isso, me preenchia, era muito gostoso. Eu só gemia e meus “ais” eram intermináveis. Ele bombava ritmado, gemia baixo e respirava forte, como um bicho.

   Senti uma dor no pé da barriga que cresceu rapidamente, explodi num gozo inédito. Com meu marido era tudo sereno, mas esse foi explosivo, perdi a respiração, minha vista escureceu. Gritei, gritei muito.

   Mal tive tempo de me refazer, me virou de bruços com a pica ainda em riste. A sensação de gozo me devolveu à realidade, queria sair dali, mas, no reflexo, empinei a bunda, fiquei de quatro e levei aquela vara toda de novo, de uma só vez.

   Meteu forte, rápido, acariciava meu clitóris com uma das mãos, em minutos gozei novamente. Com um grunhido, tirou o pau e gozou nas minhas costas. Senti o esperma farto e quente cair sobre minha pele. Com agilidade, me limpou com um papel higiênico e me devolveu o vestido. Sem nenhuma palavra, saí da rural.

- Espere. Disse. Toma. Me ofertou um livro.

   Peguei e, trôpega, entrei no prédio, nem notei o porteiro e subi no elevador.

   Meu marido estava na mesma posição. Cruzei a sala e entrei no quarto a tempo de ouvi-lo dizer:

- E aí, achou a revista do Flamengo?

   No quarto, sentei na cama, ofegante. Minha cabeça doía, minha xoxota ardia e a sensação gostosa do orgasmo ainda não havia passado. Olhei o livro: o roteiro de “La Belle de Jour”, de Bruñuel.

    Meu inesquecível vendedor.






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