Inesquecível Vendedor
Era sábado à tarde e eu estava em casa com
meu marido. Enquanto ele assistia futebol pela televisão, eu aproveitava para
passar as roupas acumuladas da semana. Estava calor e a todo o momento eu era
interrompida pelos pedidos do meu marido para pegar uma cerveja na geladeira.
Meu marido é contador e eu, dona de casa.
Estamos casados há 20 anos, temos um filho adolescente e vivemos uma vida
pacata de classe média. Estou por volta dos meus 40 anos e, apesar de toda a
rotina da vida, me cuido bastante e mantenho o corpo de quando era solteira,
acreditem. Os homens olham para mim, mas mantenho o respeito. Jamais pensei em
trair meu marido, até aquela tarde.
Terminei de passar a roupa, busquei mais
uma latinha para o Roberto e sentei ao seu lado no sofá. Nesse momento, ouvimos
lá na rua o som de um autofalante anunciando livros e revistas. Olhei pela
janela e vi que o som vinha de uma rural parada em frente ao prédio. Me virei e
disse para o meu marido:
-
Acho que vou descer e ver se encontro algum livro interessante.
-
Certo. Aproveita e veja se tem revistas antigas sobre o Flamengo.
Desci, cumprimentei o porteiro e atravessei
a rua até onde estava a rural.
-
Boa tarde, você vende todo tipo de livro?
-
Sim, pode entrar e dar uma olhada.
Não pude deixar de reparar no vendedor.
Alto, forte, vestindo camiseta e uma calça jeans surrada, de aspecto rude e com
uma voz rouca e decidida. Meio sem jeito, entrei na rural. O cheiro de coisa
velha impregnava o ambiente e a luminosidade fraca me forçava a olhar os livros
de perto, abaixando-me. Não conseguia me concentrar em nenhum título. Nesse
momento sinto sua presença atrás de mim. Nem havia reparado que desci com o
vestidinho leve que usava em casa.
-
Encontrou o que queria? Disse, mantendo uma distância suficientemente próxima
para me fazer sentir o calor do seu corpo.
-
Não procuro nada especial, gaguejei. Na verdade vim ver se encontro revistas de
futebol a pedido do meu marido. Disse aquilo nem sei se para afastá-lo ou por
não ter nada para dizer mesmo.
-
Ficam mais ao fundo, ali, está vendo? Me apontou uma pilha de revistas e, com a
mão em minhas costas, me direcionou ao local.
Dei dois passos em direção ao fundo da rural
e uma sensação estranha de ardência no estômago tomou conta de mim. Aquele
ambiente escuro com cheiro de papel mofado, aquele homem com voz de comando
praticamente me levando para o fundo da rural e tudo isso em frente ao prédio
onde eu morava.
Sem que tivesse tempo para reagir, fui
abraçada por trás, apertada contra o corpo másculo daquele desconhecido. Com
uma das mãos, virou meu rosto em direção ao seu, senti o cheiro do seu hálito,
e com a outra espalmou minha xoxota por cima do vestido. Me contorci com todas
as forças segurando seus braços na tentativa de me desvencilhar.
-
Por favor, me solta. Sou casada. Não quero. Supliquei.
Ainda com o rosto voltado para o dele, senti
sua língua invadir minha boca e sua mão levantar meu vestido, entrar por dentro
da minha calcinha e roçar meu clitóris, com força. Minha cabeça rodou, a
ardência no estômago aumentou. A forma como ele me pegava, a língua na minha
boca e o toque delicioso me fizeram gemer. Meus joelhos tremiam. Sussurrei:
-
Ai, não faz isso, aqui não, alguém pode ver, para, ai, ai, sou casada...
Me largou de repente, perdi o equilíbrio e
me apoiei numa pilha de livros. Minha cabeça girava e, no reflexo, tentei me
levantar para sair dali. Vi quando colocou a cabeça para fora da rural, olhou
de um lado para o outro e fechou a porta. O interior da perua caiu em semi-escuridão.
Veio em minha direção, tentei protestar, fui
novamente pega com força e virada de costas. Não segurei um gemido alto quando,
com uma das mãos apalpou meu seio e, com a outra, voltou a acariciar minha
xoxota. Instintivamente, virei meu rosto e ele colocou a língua na minha boca
novamente.
-
Não, por favor, aqui é perigoso, alguém vai ver...ai, ai, hum, não...
-
Levanta os braços.
Obedeci.
Tirou meu vestido por cima me deixando só de
calcinha dentro da rural. Me virou de frente e me fez sentar numa pilha de
livros. Beijou minha boca, chupou meus seios, me apoiei nos cotovelos. Desceu
até minha calcinha, colocou ela de lado e enfiou a língua. A aspereza daquilo
em contato com meu clitóris me fez gemer alto, segurar sua cabeça e abrir bem
as pernas. Gozei baixinho com medo que alguém ouvisse.
Rapidamente se levantou, me pegou no colo e
me deitou no assoalho sujo da rural. Tirou minha calcinha e abriu a braguilha,
saltando para fora um pênis grande, já totalmente duro. Veio por cima de mim,
que só fazia gemer, já esperando ser penetrada. Cuspiu na cabeça do pau e
direcionou na entradinha.
Enfiou devagar, mas firme, entrou aos
poucos, doía gostosamente.
-
Ai, ai, ai, hum, hum, ai, ahmm... Eu gemia alto agora.
Enfiou tudo, senti as bolas encostarem na
minha bunda. Começou a bombar. Senti um prazer intenso, uma ardência e uma
dorzinha Inesquecível. Nunca havia sentido isso, me preenchia, era muito
gostoso. Eu só gemia e meus “ais” eram intermináveis. Ele bombava ritmado,
gemia baixo e respirava forte, como um bicho.
Senti uma dor no pé da barriga que cresceu
rapidamente, explodi num gozo inédito. Com meu marido era tudo sereno, mas esse
foi explosivo, perdi a respiração, minha vista escureceu. Gritei, gritei muito.
Mal tive tempo de me refazer, me virou de
bruços com a pica ainda em riste. A sensação de gozo me devolveu à realidade,
queria sair dali, mas, no reflexo, empinei a bunda, fiquei de quatro e levei
aquela vara toda de novo, de uma só vez.
Meteu forte, rápido, acariciava meu clitóris
com uma das mãos, em minutos gozei novamente. Com um grunhido, tirou o pau e
gozou nas minhas costas. Senti o esperma farto e quente cair sobre minha pele.
Com agilidade, me limpou com um papel higiênico e me devolveu o vestido. Sem
nenhuma palavra, saí da rural.
-
Espere. Disse. Toma. Me ofertou um livro.
Peguei e, trôpega, entrei no prédio, nem
notei o porteiro e subi no elevador.
Meu marido estava na mesma posição. Cruzei a
sala e entrei no quarto a tempo de ouvi-lo dizer:
-
E aí, achou a revista do Flamengo?
No quarto, sentei na cama, ofegante. Minha
cabeça doía, minha xoxota ardia e a sensação gostosa do orgasmo ainda não havia
passado. Olhei o livro: o roteiro de “La Belle de Jour”, de Bruñuel.
Meu
inesquecível vendedor.
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