O Quintal do meu avô
Um lugar
cheio de vida,
Fábrica de
fantasias.
Um mundo que
não volta mais.
Era um ponto
de acolhida,
De alegria
infinita,
Que na
memória agora jaz.
Lembro da
jaboticabeira,
Que formava
com a laranjeira
O melhor
ponto de encontro
que tive na
vida inteira.
Encontrar primos queridos,
Correria e
alaridos,
Tropicões e
revestrés.
Por lá ecoam
vozes,
Analús e
samuéis.
Que dizer da
emoção
Quando
sentados no chão,
Ouvíamos de
boca aberta
Histórias e
aventuras secretas
Do nosso avô
do coração?
Vô Ricardo
era assim,
Vendedor de
ilusão,
Carinhoso e
durão,
Com seus
causos a granel
Levava a
gente pro céu,
Adoçando
nossas bocas
Com suas
balas de mel.
Foi uma
época querida
Que marcou
as nossas vidas
mas que o
tempo levou.
Meu avô foi
muito cedo,
não contou esse segredo,
não contou esse segredo,
E o nosso
esteio se quebrou.
Nunca mais
nos reunimos,
Os causos,
não mais ouvimos,
Aquela casa
veio ao chão.
No lugar há
um predinho,
Bonitinho e
charmosinho.
Passo lá
sempre que posso
Mas com dor
no coração.
Fico lá
observando,
Como que
recordando,
Meu avô,
meus tios, meu chão.
Não tem mais
jaboticabeira,
Também não
há laranjeira,
E nem a bala
de mel.
O que resta
é a lembrança
Do quintal
do meu avô.
A ele sempre
regresso
E com
orgulho e muito afeto
descrevo-o hoje em meus versos
e os coloco no papel.
e os coloco no papel.
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