Todas as tardes ele passava por ali e observava a mesma cena: dois velhinhos grudadinhos como namorados.
Às vezes ele via o velhinho conversando carinhosamente com sua companheira, como se lhe contasse histórias. Nesses dias, sempre havia ao lado um saco de doces. Ele observava que ela bebia cada palavra e sorria lidamente.
Ele não entendia bem aquilo, pois nunca acreditou nesse tipo de amor. Era tudo diferente, estranho. Como podia haver amor assim totalmente diferente de tudo em que acreditava? Como podia existir um sentimento que fazia as pessoas se amarem como nunca amaram e quererem passar o resto da vida juntos, encontrando prazer nas coisas mais simples e doces?
O tempo passou e as cenas se repetiam. Até que um dia, por um passe de mágica, ele conseguiu ver a verdade. Ele viu um homem que ama uma mulher e faz a sua felicidade fazer sentido fazendo sua mulher feliz. Ele viu um homem que enxerga a sua mulher e aprende tudo sobre ela, por puro prazer. Ele viu um contador de histórias, um amante que sorve os detalhes de sua amada, cada sorriso, cada particularidade de seu rosto, os mínimos detalhes que mostram se ela está feliz. Ele viu um homem que encontrou o seu amor e cuida dele pelo resto da vida. Ele viu uma mulher amada e feliz. Ele entendeu tudo. Ele entendeu que não há lugar melhor do que o colo de quem a gente ama.
Vontade de te pegar no colo flor do campo.
Eu já disse que te amo hoje?
Bom dia!
.jpg)
Nenhum comentário:
Postar um comentário