terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Fala, Pablo. Fala de amor

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda

PS: Seremos eu e você, seremos nós e as nossas respirações... Te amo.

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