Vou falar da minha terra, do lugar onde cresci
Fui menina, fui mocinha, meus caminhos percorri.
Deixei por lá minhas marcas e pegadas por todo lado:
Estradinhas, brincadeiras, ribeirões onde se nada pelado.
Escondia os meus pêssegos, que roubava no quintal,
E roubava outras frutas, que era coisa banal,
Eu comia todas elas com uma pitada de sal.
Andei muito descalça, meu cabelo solto ao vento.
Madruguei, trabalhei, estudei, chorei...
De noite na estradinha, só eu e meu pensamento,
Eu via um montão de estrelas caindo do firmamento.
Eu vivia em correria, só queria ser feliz
Deixar as dores de lado, não mexer na cicatriz.
Mas sou filha de uma gente que é minha força motriz,
De um pai de braços fortes e de uma mãe que eu sempre quis,
Não te trago na memória, mas trago na minha história, em tudo aquilo que fiz:
Mulher forte, tratorista, minha mãe, minha matriz...
Eu te amo minha doce flor do campo.
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