Minha flor...

Eu não sei se um dia eu consegui expressar em palavras o quanto eu te amo, minha delícia. Seu sorriso de menina em minha retina entrou e ficou...

Lembra desse?

Assim que o dia amanhece,

No calor ou na invernada,

O meu pai já está de pé

Pra cumprir sua jornada.

Lá no meio do roçado,

Onde a lida é bem pior,

Suas mãos são calejadas,

No seu rosto tem suor.

Desde muito pequenina

Vi meu pai a trabalhar

E já fui muito pra roça

Ajudá-lo a plantar.

Trabalhar é sua vida

Sua força está nas mãos

Essa força foi sustento

Para mim e meus irmãos.

Quando eu era uma menina

Não sentia a sua mão,

Não sentava no seu colo,

Não rolava pelo chão.

Hoje eu sei que a sua mão

Segurou fardo pesado,

Imagino quantas vezes

Ele se sentiu cansado.

És meu exemplo de homem,

Tens meu respeito, papai.

Construiu nessa menina

Um amor que não se esvai.

Tu passaste a mão na terra

Na enxada, no podão.

Do senhor eu tenho orgulho

Tens a minha gratidão.

O meu pai estava lindo,

Fez sorrir meu coração,

Quando vi logo cedinho

O meu herói no meu portão.

Te amo, minha flor...

Oi, minha flor...

Eu não sei se um dia tive palavras e olhares exatos para expressar o quanto eu te amo, minha delícia. Nem toda poesia do mundo pode expressar. Mas fico com um trechinho de um poema meu que fiz inspirado no seu sorriso de menina:

Diga sim, vamos brincar...

Pular corda a granel,

Correr, rir, gargalhar,

Transformando tudo em céu.

Brincar é uma conquista,

Pera, uva, maça, salada mista.

Fecho meus olhos feliz

Sentindo gosto de mel

Toco suas mãos por um triz 

Na hora de passar anel.

Oi, minha flor...

Sabe o quanto eu te amo?

Um montão assim, óh!

Minha delícia...

Te amo muito e todo dia, como sempre, te mando beijos pelo vento, pelo Sol, pela Lua...

Que saudade do meu amor...

Minha flor: quando você pensa em mim, eu já pensei duas vezes em você!
Te amo

Sabe o que eu mais gosto, minha flor?

De tirar suas pétalas...
Te amo